ARTIGOS
As redes de apoio social constituídas por pastores e agentes comunitários de saúde evangélicos no âmbito do cuidado e atenção à saúde da população
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Maria Beatriz L.Guimarães, Victor Vincent Valla e Alda Lacerda
No âmbito da proposta de se articular o campo da saúde com o da religião na compreensão do processo de saúde-doença das classes populares, esse artigo tem como objetivo apresentar resultados parciais da pesquisa desenvolvida na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca/FIOCRUZ, com pastores e agentes comunitários de saúde (ACS) evangélicos da região da Leopoldina, cidade do Rio de Janeiro. A escolha dessa região se deve ao fato de ser um local em que predominam a miséria e a pobreza, conhecida como uma das áreas mais violentas da cidade, com grande número de favelas e conjuntos habitacionais de baixa renda
Saúde e Religião: binômio desafiado pela epidemia do HIV/AIDS
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Tânia Mara Vieira Sampaio
A correlação estabelecida entre o comportamento das pessoas e sua culpabilidade, entre o mal ou a doença que acontece em seu corpo parece ser uma necessidade humana de explicar seus impasses diante da morte, e, não menos importante para os mecanismos de controle promovidos religião. Desse processo de culpabilização, forte no imaginário de várias tradições religiosas, a perspectiva do sacrifício e do sofrimento, como caminho de arrependimento e de oferenda, estabelece sintonia com a perspectiva de um sagrado que se manifesta por meio da retribuição.
A resistência cultural e religiosa das religiões de matrizes africanas no auxílio ao combate à epidemia da Aids
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Iyalorixá Cristina Martins d’Osun
Os descendentes de religiões de matrizes africanas cuidam do indivíduo por inteiro, dentro das três formas (corpo, mente e espírito). Sendo assim, não há discriminação diante da forma que o indivíduo se apresenta quando vai em busca de ajuda. Acolhe e cuida sem discriminar a sua etnia, raça, opção sexual ou mesmo a sua opção social de viver, simplesmente o assiste nas suas necessidades por acreditar que ele é um ser criado e merecedor de toda e qualquer forma de ajuda para se reequilibrar diante de Olodumare.
Viu e teve compaixão
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Cláudio Celso Monteiro Jr
As alterações no perfil sócio-epidemiológico do HIV, associadas a sua rápida disseminação fez com que a Aids arrombasse as portas e sentasse nos bancos das Igrejas (...) explicitou o abismo existente entre a moral sexual cristã apresentada como virtuosa pelas Igrejas e a sexualidade vivida e vivenciada pelos membros destas (e não faremos distinção entre clérigos e leigos), o que equivale a dizer que nem sempre os fiéis seguem o que os dirigentes pregam.
Religião e terapêutica na contemporaneidade: o caso do movimento nova era
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Fátima Regina Gomes Tavares
A peculiaridade da nova era parece ser a construção incessante de novos vínculos. Como consequência desse trabalho cotidiano de elaboração de novos tipos de conexão entre as coisas, observa-se diferenças importantes na paisagem das associações que são produzidas (...): a nova era não se estrutura em igrejas, nem tampouco em seitas, compondo “um espírito sem lar” (...); apresenta uma nova forma de vínculo entre os participantes das suas práticas, já que não vincula pessoas nem a grupos e muito menos a lugares; articula uma vasta rede transnacional que, no entanto, não se reconhece enquanto tal. A nova era parece brincar com paradoxos sociológicos...
POR QUE 30 ANOS DE TEMPO E PRESENÇA?
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Paulo Ayres Mattos
Tempo e Presença desde os tempos do CEI tem sido acima de tudo a expressão do ecumenismo que tem animado o compromisso de um incontável número de homens e mulheres que, a partir de sua fé e/ou de seu compromisso utópico, buscam a construção do novo mundo onde, na linguagem bíblica, justiça, paz e integridade da criação possam se encontrar e se beijar.
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