ARTIGOS
Religiosidade Midiática em tempos de cultura “gospel”
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Magali do Nascimento Cunha
“O desafio imposto no tempo presente é uma releitura do fenômeno da presença dos grupos religiosos nos meios de comunicação e a consequente recriação do conceito de Igreja Eletrônica em virtude da conjuntura sociocultural-política-econômica-religiosa experimentada na última década do século XX e na primeira do XXI. Não é mais possível analisar esta presença na mídia com as mesmas noções construídas nos anos de 1970 e 1980 bem como utilizar a mesma terminologia.”
A aliança entre a religião e a mídia
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Karla Regina Macena P. Patriota
“(...) apesar de todas essas mudanças e contradizendo as previsões anteriores do “fim da religião”, apesar do avanço da secularização, especialmente no campo da economia e da política, do visível processo de desencantamento do mundo, a religiosidade dos últimos tempos é manifesta intensamente na vida privada das pessoas, em formas afetivas e emocionais, sem referência à doutrina ou à instituição eclesiástica. (...) a nossa reflexão pretende analisar a religião exposta na mídia como a versão mais adequada e abrangente para espelhar a religião da modernidade e o ajustamento de suas práticas, ethos e discursos à sociedade contemporânea”.
A Midiatização da Assembléia de Deus: Rumo ao neopentecostalismo?
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Eduardo Refkalefsky e Letícia Brandão Soares
“Recentemente, a igreja demonstrou uma grande capacidade de modernização da comunicação ao entrar na internet. Na rede, todas as outras possibilidades se unem e a Assembléia tem à disposição (e sendo utilizados) os recursos mais avançados: cada templo tem sua própria página, televisão on-line, web-radios, blogs, grupos de discussão e a esmagadora participação na megacomunidade de relacionamentos Orkut. Não só a Assembléia de Deus está “na internet”, como também está fazendo uso de todas as ferramentas disponíveis neste universo tão diversificado.”
Luzes, câmera, pregação! Princípios, meios e fins da homilética espetacular
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Luiz Carlos Ramos
“(...) em lugar da retórica sagrada, que se encarrega de traduzir em acontecimento a intenção do pregador ou pregadora — na forma de desafios concretos para a transformação ou confirmação de valores com vistas a um futuro melhor —, na homilética espetacular, essa escatologia é substituída pela ansiedade imediatista do aqui e agora. Assim como não interessa ao espetáculo o passado, tampouco interessa o futuro. Para a sociedade do espetáculo, tudo é um eterno presente.”
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