Tempo e Presença Digital - Página Principal
 
“AVANÇOS E RECUOS NO CAMPO RELIGIOSO, AQUI E ALHURES…”
Ano 5 - Nº 20
Julho de 2010
Publicação Virtual de KOINONIA (ISSN 1981-1810)
_Coluna Anivaldo Padilha
 

A proposta desta coluna é de articular reflexões críticas sobre acontecimentos que abarcam a esfera social e interferem no encaminhamento e no desenvolvimento da sociedade como um todo, possibilitando ao leitor o acesso a um informativo de caráter instrutivo e esclarecedor, na medida em que usufruir das observações, do estudo e da longa história de Anivaldo Padilha, articulista da coluna.

Seminário no Sul tem como tema “Negritude e Branquitude - Razões da (Des)igualdade”

Com promoção do Ceca, Cebi e Instituto Popular Porto Alegre (Ippoa), será realizado entre os dias 27 e 29 de agosto, em São Leopoldo (RS), o 6º Seminário de Teologia da Libertação e Educação Popular com o tema “Negritude e Branquitude - Razões da (Des)igualdade”.
Objetivos do Seminário:
- Promover um espaço de formação e debate em torno do tema ‘Negritude e Branquitude’ e as razões da desigualdade a luz da Teologia da Libertação e da Educação Popular;
- Refletir sobre a atualidade e a importância da Educação Popular frente à marginalização da cultura ‘negra’ ou ‘afrodescendente’;
- Apresentar os desenvolvimentos e as novas abordagens da Teologia da Libertação e seu olhar sobre populações e comunidades negras e brancas, questionando os paradigmas da desigualdade;
- Oferecer subsídios para grupos sociais e movimentos populares em torno das relações étnico-raciais e da afirmação de uma cultura da superação da desigualdade e do reconhecimento mútuo.
O público alvo são educadores e educadoras populares, agentes de pastorais e de movimentos sociais, estudantes e demais pessoas interessadas na temática.
As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas.
Mais informações no site do Ceca: www.ceca-rs.org

Erradicar a pobreza é possível, afirma CMI

O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) convocou líderes de igrejas a priorizarem os mais pobres, em vez de submeter-se aos critérios dos grandes bancos e aos gastos militares.
Numa declaração emitida ao encontro promovido pelas Nações Unidas para debater e avaliar as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDM), que acontece em setembro deste ano, o CMI reiterou sua convicção de que erradicar a pobreza é tanto “um imperativo moral e ético” quanto uma meta alcançável.
Para o CMI, o que o mundo tem diante de si não é a “limitação de recursos financeiros para erradicar a pobreza”, mas “uma limitação de valores morais e éticos que afirmem e priorizem a vida – uma limitação do senso de justiça, solidariedade e cuidado”.
A fim de “tirar as sociedades e as pessoas da pobreza”, é necessário uma “distribuição mais justa de recursos (capital, tecnologia, terra, educação e saúde)”.
Por isso, o CMI roga aos governos e instituições internacionais para que trabalhem em políticas econômicas que “se distanciem do paradigma corrente, que está focado no crescimento ilimitado e baseado na ganância estrutural, e passem a adotar modelos que favoreçam os pobres e possibilitem crescimento a todos”.
Para ler toda a declaração do CMI (em inglês)
Para saber mais sobre o programa “Pobreza, Riqueza e Ecologia”, do CMI (em espanhol)
CMI: www.oikoumene.org

Manual ensina identificar casos de tráfico de pessoas
Foi realizado no dia 24 de junho, na Universidade de Brasília (UnB), dentro da programação da Semana de Gênero e Direito, o lançamento do Manual Promotoras Legais Populares "Cidadania, Direitos Humanos e Tráfico de Pessoas". O objetivo da publicação é inserir o tema Tráfico de Seres Humanos nos cursos de capacitação para promotoras populares, para que elas possam identificar possíveis vítimas deste crime.
O projeto Promotoras Legais Populares nasceu em maio de 1992, quando a União de Mulheres de São Paulo participou de um seminário sobre os direitos da mulher promovido pelo Comitê Latino Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM). Foi nesta ocasião que elas ouviram falar dos cursos de "capacitação legal" das mulheres. Desde então, as líderes de associações ou entidades com vivência com mulheres em situação de risco ou violência, capacitam-se nos cursos para Promotoras Legais Populares.
Promotoras Legais Populares - O nome Promotoras Legais Populares significa "mulheres que trabalham em favor dos segmentos populares com legitimidade e justiça no combate diário à discriminação". São aquelas que podem orientar, dar um conselho e promover a função instrumental do Direito na vida do dia a dia das mulheres.
O Manual pode ser acessado na íntegra, através do link: http://www.oitbrasil.org.br/info/downloadfile.php?fileId=384
Saiba mais acessando www.diaconia.org.br

Redes de Juventude na luta contra a violência e o racismo
A CESE e as redes juvenis do subúrbio, através do Projeto Juventude Cidadã, lançaram vídeo contando um pouco de suas organizações e lutas anti-racistas e socioambientais em defesa da população negra e do patrimônio histórico e natural do Subúrbio Ferroviário, em Salvador. O lançamento aconteceu no dia 30 de junho, no Cine Teatro Plataforma. “Este vídeo tem muitos significados. Além de retratar a dura realidade suburbana interpretada por seus jovens e contribuindo para o seu protagonismo, é uma peça importante de divulgação para que busquem novas parcerias”, declara o assessor de projetos da CESE, José Carlos Zanetti. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que a juventude brasileira é a maior vítima da violência. A Bahia e sua capital negra, Salvador, não escapam desta lógica perversa, agravada pelo racismo e a intolerância religiosa. Apesar de ser uma capital bela e culturalmente rica, a situação é particularmente grave em seus bairros populares, a exemplo do Subúrbio Ferroviário. Para José Carlos Zanetti a situação da capital baiana é de alerta. Ele pede atenção para ações capazes de intervir em políticas públicas e, nesse sentido, respalda o projeto Juventude Cidadã pela capacidade de estimular a participação dos jovens. Juventude Cidadã - O Juventude Cidadã foi criado em 2005, a partir de parceria com a agência holandesa Kerkininactie/ICCO. O projeto visa fortalecer as redes em suas atividades e contribuir para que desenvolvam institucionalmente capacidades de gestão e incidência política. Atualmente, fazem parte do projeto 4 redes sociais, composto por algumas dezenas de grupos e movimentos socioculturais que vivem no Subúrbio Ferroviário.