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O triste papel da oposição e da mídia no Brasil
Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, e Marcos Paulino, do Datafolha, cederam recentemente às evidências já apontadas por Marcos Coimbra, do Vox Populi, e Ricardo Guedes, do Sensus: mantidas as circunstâncias atuais é praticamente certa a vitória de Dilma Roussef no primeiro turno das eleições presidenciais. A percepção de que nos últimos oitos anos a vida das pessoas melhorou, um orgulho difuso relativo a um certo protagonismo brasileiro na cena internacional e o desejo de ver assegurada a continuidade das ações desencadeadas no governo Lula têm sido apontados como os elementos decisivos na definição do voto, que já alcança mais de 80% de consolidação entre os eleitores de Dilma Roussef, ao passo que a rejeição a Serra varia entre 29% e 40%, entre as pesquisas divulgadas pelos principais institutos. O governo Lula conseguiu materializar um pacto através do consumo, por via do aprofundamento do dinamismo de nosso mercado interno, que articula empresários, trabalhadores e consumidores. Por que estes desejariam mudar alguma coisa? Neste caso, o que resta para a oposição brasileira e seus parceiros midiáticos (principalmente o Estadão, a Folha de São Paulo, as Organizações Globo e o Grupo Abril)? No limite, buscar o tal “fato novo” que, por seu potencial de causar escândalo, consiga não só erodir o apoio a Dilma como, tarefa hercúlea, dissolver parte da rejeição ao candidato tucano. Estão todos empenhados na tarefa.
Carta do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social
Vivemos um momento da história da humanidade em que está em risco o futuro das mais diversas formas de vida no planeta terra, inclusive do ser humano. A conjugação simultânea das crises atuais e, especialmente a questão ecológica, tem desencadeado tragédias de enormes proporções, o que impõe a urgente adoção de medidas que envolvam a todos.
Preocupa-nos profundamente o impacto desproporcional que as mudanças climáticas, provocadas pela ação do ser humano no planeta, têm causado nas populações mais pobres e vulneráveis que vivem permanentemente em áreas e situações de risco.
Estas pessoas que vivem em situações de pobreza têm mostrado grande capacidade de resistência e de sobrevivência diante do impacto das mudanças do clima sobre suas vidas e seu sustento. No entanto, estão chegando rapidamente a um limite, a partir do qual já não mais poderão sequer adaptar-se a novas formas de vida.
As Cidades Mortas e a Morte dos Lugares: Uma interpretação da obra de Mike Davis
Existem muitas formas de assassinar uma cidade, um lugar, uma região. A mais conhecida e divulgada é pelo esvaziamento econômico, a morte dos meios de produção que é decretada pelos interesses do grande capital, quando o lócus não mais apresenta as condições atraentes para o desenvolvimento do modo de produção capitalista. A ação pontual do capitalismo privado concentra suas atividades em determinado local e período para seu desenvolvimento. E assim tem sido desde o capitalismo mercantil até a sociedade pós-moderna, uma sucessão contínua de nascimento, desenvolvimento e morte dos lugares ao sabor do fluxo do capital. Às cidades e lugares que morrem são imputadas todas as culpas do fenômeno do topocídio, a morte do lugar, não tendo estes a competência para atrair o capital, ou seja, fazer concessões ao capital em prejuízo da classe trabalhadora.
Terra e Território à luz do Mapa da injustiça ambiental e saúde no Brasil
A autora tem como princípio para construir o seu texto, da forma discriminatória e desigual com que se trava a luta pela terra e pelo território em nosso País. “Uma questão que, como bem sabemos, começou com a chegada de Cabral e, após passar por momentos históricos diferenciados, culmina atualmente com a ação de um capitalismo cada vez mais selvagem. Felizmente algo de novo existe, entretanto. Novos atores emergiram na cena política, ao longo dos últimos anos. Povos indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco babaçu, pescadores artesanais, marisqueiras, comunidades tradicionais diversas, que saíram da invisibilidade e chegaram ao proscênio, se impondo e dividindo a cena com seus antigos algozes... Os dados mostrados neste trabalho são parte de um trabalho que continua, agregando novas informações e buscando contribuir para o exercício da cidadania e para a construção de um Brasil mais justo.”
Documento aprovado pelo Comitê Central do CMI, reunido em Genebra (Suíça), de 26 de Agosto a o2 de setembro de 2009, sobre Justiça Ecológica.
Entre os compromissos assumidos pelo Comitê está o de “Estimular e apoiar as igrejas-membro do CMI em suas campanhas de sensibilização relacionadas com a dívida ecológica e as alterações climáticas, tendo em mente a unidade da criação de Deus e a necessidade de colaboração entre o Sul e o Norte. Apoiar especificamente as atividades das igrejas em países que sofrem as consequências da mudança climática”.
Justiça social-Justiça ecológica
“Entre os muitos problemas que assolam a humanidade, dois são de especial gravidade: a injustiça social e a injustiça ecológica. Ambos devem ser enfrentados conjuntamente se quisermos pôr em rota segura a humanidade e o planeta Terra.
A injustiça social é coisa antiga, derivada do modelo econômico que, além de depredar a natureza, gera mais pobreza que pode gerenciar e superar. Ele implica grande acúmulo de bens e serviços de um lado à custa de clamorosa pobreza e miséria de outro.... A segunda injustiça, a ecológica está ligada à primeira. A devastação da natureza e o atual aquecimento global afetam todos os países, não respeitando os limites nacionais nem os níveis de riqueza ou de pobreza. Logicamente, os ricos têm mais condições de adaptar-se e mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas. Face aos eventos extremos, possuem refrigeradores ou aquecedores e podem criar defesas contra inundações que assolam regiões inteiras. Mas os pobres não têm como se defender. Sofrem os danos de um problema que não criaram...”
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