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60º ANIVERSÁRIO DE ORGANIZAÇÃO DO CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS
Ano 3 - Nº 12
Setembro de 2008
Publicação Virtual de KOINONIA (ISSN 1981-1810)
_Artigos
 
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60 anos do Conselho Mundial de Igrejas: marcas de um rio vivo
“O CMI é hoje a maior e mais representativa das muitas expressões organizadas do movimento ecumênico moderno, cujo objetivo é a unidade dos cristãos e das cristãs, agrupando hoje 349 igrejas, denominações e comunidades de igrejas em mais de 110 países e territórios do mundo todo, que representam mais de 560 milhões de cristãos e cristãs”
Navegando pelas águas ecumênicas: tempo instável, barco firme
“No caso do CMI, (...), sua crise se pauta pelo fato de suas origens no movimento terem sido relativizadas pela força da institucionalização que o faz ter que se equilibrar entre ser um conselho de igrejas e ser um conselho das igrejas-membros. Com isso, o CMI tem que gerenciar a permanente tensão entre protestantes e ortodoxos, e ainda buscar formas de aproximação com os hegemônicos pentecostais e os expressivos evangelicais se quer continuar a sobreviver como um conselho de igrejas do mundo”
O movimento ecumênico no século XX – algumas observações sobre suas origens e contradições
“O Congresso de Edimburgo, a exemplo do que freqüentemente acontece na história, e apesar da sua cuidadosa preparação, revelou desconhecimento por parte da liderança organizadora da verdadeira situação das chamadas “igrejas novas” nas áreas missionárias, principalmente naquelas regiões já historicamente ocupadas pela Igreja Católica. (...) Decorre disso o grande erro que, embora de boa fé, cometeu o Congresso ao ignorar a América Latina, não contemplando esta parte do mundo como área de evangelização, dado a presença histórica da Igreja Católica.(...) Por isso, se o Congresso constituiu, no sentido global, o grande marco do movimento ecumênico, para a América Latina veio a ser um entrave que se prolonga até hoje”.
O Ecumenismo no México e na América Central: Utopias, Conjunturas, Esperanças
“Não se pode negar que o ecumenismo foi entendido, em uma época, como mais uma moda eclesiástica, mas sua compreensão tem evoluído para uma práxis específica que desborda os limites religiosos e eclesiásticos. Por isso, ao se observar o caso da América Central nota-se que sua diferença se baseia no fato de que o triunfo da revolução na Nicarágua fez com que não apenas esta região, mas todo o continente fosse visto com outros olhos e, com isso, renovou-se a esperança relativa ao ambiente ecumênico nacional”.
Outro Movimento Ecumênico é possível
“Os anos de sessenta e setenta foram anos de uma grande presença do CMI numa dimensão mundial, e muito concreta. Tratava-se da luta contra o racismo, das relações entre igreja e sociedade, do papel das igrejas como gestoras do desenvolvimento, da questão dos direitos humanos. O seu impacto no terceiro mundo foi muito importante, especialmente na América Latina e Caribe. Nesta dinâmica foram várias as articulações ecumênicas que surgiram, num momento crucial, em nosso continente. Para setores de nossas igrejas significou encontrar uma solidariedade até então não conhecida. Uma solidariedade que protegeu e salvou vidas”.
Entrevista com Júlio de Santa Ana
“Os companheiros de “Tempo & Presença” me propuseram uma entrevista sobre o desenvolvimento do movimento ecumênico. (...) Desde que me converti ao Evangelho (quando tinha menos de 15 anos! Já se passaram mais de 60 desde então!...), sempre considerei que a maneira de ser evangélico era inseparável da busca pela unidade dos cristãos. Minha posição ao responder às perguntas que me foram enviadas por Zwinglio Dias, por meio do computador, não é neutra. É uma entrevista “partidária”, que vai defender a causa da unidade dos cristãos (que, diga-se de passagem, significa muito mais do que a “unidade das igrejas” ; sobretudo é a unidade dos crentes, das comunidades de crentes).”