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MEIO AMBIENTE E RELIGIOSIDADE PROTESTANTE
Ano 2 - Nº 6
Janeiro de 2008
Publicação Virtual de KOINONIA (ISSN 1981-1810)
_Dicas Bibliográficas
 
Publicações incorporadas ao acervo de KOINONIA, recomendadas e disponíveis para consulta no setor de documentação. Saiba mais

Mandela: retrato autorizado. Mac Maharaj; Ahmed Kathrada, São Paulo, SP: Alles Trade Editora, 2007.
Mandela: Retrato Autorizado - é a mais recente biografia realmente autorizada de Nelson Mandela, Com prefácio de Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU, e introdução do Arcebispo Anglicano Emérito da Cidade do Cabo, Desmond Tutu, o livro conta com 60 entrevistados em todo o mundo. São, portanto, 60 pontos de vista diferentes sobre Mandela, além de destacar as mais variadas facetas de um dos grandes homens do século 20, que promoveu a reconexão entre a justiça e a política. Mac Maharaj e Ahmed Kathrada localizaram todas essas fontes e realizaram uma pesquisa de conteúdo e fotográfica intensa que resultou em uma coletânea de imagens raras e algumas inéditas.

Amigos, familiares e pessoas que tiveram alguma ligação com Mandela no âmbito político e religioso, como Bono, vocalista da banda U2, o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton e Tony Blair, primeiro-ministro inglês, deram seus depoimentos. Porém, segundo Mac Maharaj, "o que tornou este livro tão especial foi que ele não mencionou apenas os grandes nomes, permitindo que Mandela seja visto de diferentes perspectivas e experiências, sentidas particularmente".

Mandela: Retrato Autorizado se tornou um complemento da autobiografia de Nelson Mandela, "Longo Caminho para a Liberdade" (Companhia das Letras), feita com escritos produzidos durante o tempo em que ficou preso. Mac Maharaj, que passou 12 anos preso em Robben Island, lendária ilha-prisão de segurança máxima ao largo da Cidade do Cabo, com Mandela, comenta que "o livro reuniu um conteúdo tão concreto que materializou a constatação de que os fatos passados durante a transição da África democrata são exatos".

Histórias de quilombolas: mocambo e comunidades de senzalas no Rio de Janeiro. Flávio dos Santos Gomes, São Paulo, SP: Companhia das Letras. 2006.
Em Histórias de quilombolas, Flávio dos Santos Gomes retrata o mundo interligado das senzalas e dos quilombos no Rio de Janeiro do século XIX. Resultado de pesquisa primorosa feita em arquivos policiais e judiciários, o livro descreve com detalhes as ligações dos quilombolas com grupos livres e com cativos, mostrando como os fugitivos abalavam o equilíbrio das relações escravistas.

A primeira parte do livro conta como os quilombos de Iguaçu, no recôncavo da Guanabara, resistiram à repressão das autoridades. Taberneiros, pequenos negociantes e escravos comerciavam com eles e os informavam sobre as expedições repressoras.

A segunda parte examina a "insurreição quilombola" de Manoel Congo, em Vassouras, em 1838, de que participaram cativos africanos e "crioulos" (nascidos no Brasil), trabalhadores, domésticos e lavradores - tanto homens como mulheres. O final reúne histórias dos anos 1870 e 1880 que mostram como a crise de legitimidade do escravismo potencializou o movimento de libertação dos escravos.

Deus na aldeia: missionários, índios e mediação cultural. Paula Montero (org), São Paulo, SP: Globo. 2006.
Reúne onze textos sobre as atividades missionárias junto às comunidades indígenas do Brasil e os problemas interculturais que emergem desse encontro. A partir de uma perspectiva a um só tempo antropológica e histórica, procura fornecer elementos para pensarmos a prática missioneira desde seu início no século XVI até o presente, quando assume formas diferenciadas e que abrem para problemáticas cruciais. Ao mesmo tempo, pretende revisar criticamente o instrumental antropológico de análise da atividade missionária. Não apenas através da avaliação da história da própria antropologia (e esse exercício é muito rico, pois afinal, a antropologia deve muito à atividade missionária para a constituição de seus objetos e instrumentos), como igualmente através de aproximações com outros campos das humanidades, como a filosofia da linguagem e, principalmente, uma história "nova", a partir das modernas discussões historiográficas.

Candomblé e Umbanda: caminhos da devoção brasileira. Vagner Gonçalves da SILVA, São Paulo (SP): Selo Negro. 2005.
Este livro procura fornecer ao leitor uma visão histórica do desenvolvimento das mais conhecidas vertentes das religiões afro-brasileiras. Indicando suas fontes com base no universo social e religioso do Brasil colonial, o autor se estende na análise das relações sociais, políticas e econômicas que se estabeleceram entre negros, índios e brancos e que redundaram no desenvolvimento dessas religiões. Um livro de leitura fácil dirigido ao grande público interessado no assunto.