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Publicações incorporadas ao acervo de KOINONIA, recomendadas e disponíveis para consulta no setor de documentação. Saiba mais
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As meninas da Daspu. Anna Marina Bárbara Otília Silva Leite.Teresópolis, RJ: Novas Idéias, 2007.
O livro foi escrito pela professora Anna Marina Barbará, do Departamento de Ciência Política da UFRJ, com co-autoria de nove prostitutas da ONG Davida, Prostituição, Direitos Civis, Saúde. As nove participaram da criação da grife Daspu e têm suas histórias de vida reconstruídas no livro.
Em As meninas da Daspu, as nove prostitutas que alavancaram a grife falam da infância, do trabalho, dos clientes, dos filhos, dos amores, das dificuldades, da solidão e da amizade. São 9 depoimentos, colhidos pela pesquisadora Anna Marina Barbará, que mostram que, por trás da mulher seminua na esquina de Copacabana, no inferninho da Praça Mauá ou na vastidão da Central do Brasil, existem pessoas com sonhos como qualquer “mulher direita”.
Mas não se trata de um livro de depoimentos de mulheres estigmatizadas, afinal o estigma só fixa uma identidade até quando não se descobre que esta é multifacetada e manipulável. Suas trajetórias retratam mulheres que são donas de si e vão para qualquer lugar, quando querem. Que se tornam ativistas encontrando pares, compartilhando experiências, conhecendo seus direitos para poder reivindicá-los e fazendo amigos. Que se tornam sujeitos de sua história e da história de luta contra a Aids. Que denunciam violências, presentes nas imagens de quem agride, nas defesas de quem apanha e que só podem resultar em maus tratos que vão muito além das agressões físicas. Seqüestram a dignidade da pessoa. As histórias de vida contidas neste livro fortalecem as prostitutas (não só as entrevistadas) e trazem uma enorme contribuição para as ONG que, cada vez mais, têm sido levadas a pensar em números.
A Grande Refazenda: África e Diáspora pós II CIAD = The great revival: África and Diáspora post CIAD II. Waldomiro Santos Júnior (org.). Brasília, DF: Fundação Cultural Palmares, 2007.
Idealizada pela Fundação Palmares/Ministério da Cultura, A Grande Refazenda - África e Diáspora Pós II CIAD reúne o olhar de intelectuais e protagonistas do processo de afirmação étnica brasileira sobre as conseqüências trazidas pela Conferência e o CIAD CULTURAL, na construção da democracia racial brasileira e na inter-relação do Brasil com a África e os demais países diásporos.
Um olhar não único, mas diverso, numa pluralidade complementar de propósitos e objetivos comuns, de tal forma que conjunto dos artigos reunidos expressa o mesmo respeito à diversidade que norteia o sentimento e o esforço daqueles que buscam construir um mundo igualitário, liberto das barreiras do preconceito e intolerância.
O título A Grande Refazenda vem do artigo assinado pelo ministro da Cultura Gilberto Gil, um convite ao engajamento de todos nós, de todas as raças, culturas e países, no processo de refazer caminhos na direção do renascimento africano, entendendo a África como elemento primordial na construção de uma nova ordem mundial, que contemple prioritariamente o sentido humano.
E na busca desse sentido humano, A Grande Refazenda abre espaço para o pensamento acadêmico, representado por nomes como Edna Roland, Íris Amâncio, Jocélio Teles dos Santos, Lepê Correia, Paulo Miguez e Carlos Alberto Medeiros; para a visão da militância de quem luta a favor da igualdade racial, expressa pelas palavras de João Jorge Rodrigues e Jorge Portugal; a poesia diáspora de José Carlos Capinam; a sensibilidade de quem reconstrói versões da realidade, na percepção do cartunista Maurício Pestana; o aprendizado trazido na ancestralidade da fé, através de Vilma Santos Oliveira, a Mãe Mukumby; e a perspectiva de quem atua na condução das políticas institucionais, pelo ministro Gilberto Gil, o presidente da Fundação Palmares Zulu Araújo e o coordenador da II CIAD e diplomata do Itamaraty, Marcelo Dantas.
Em todos os autores, a preocupação de traduzir o sentimento renovador, a busca por um renascimento africano, capaz de inspirar um novo posicionamento nas relações internacionais. Um processo em que cabe ao Brasil, conforme evidenciaram os textos reunidos em A Grande Refazenda, o papel de ser um dos protagonistas ativos, de estabelecer uma ponte ligando os dois lados do Atlântico, como sentenciou o presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo.
Direitos humanos para quilombolas: consciência e atitude. Secretaria Especial dos direitos humanos, Subsecretaria de Gestão da Política de Direitos Humanos, Brasília, 2006. (Coleção Caminho das Pedras; v.1)
*O Manual de Direitos Humanos para quilombolas é uma importante e inovadora contribuição para o fortalecimento da consciência, da defesa e das atitudes de apoio à causa quilombola em nosso País.
O Manual é uma iniciativa do PROACQ – Projeto de Apoio a Comunidades de Quilombos no Brasil, vinculado ao Instituto Brasileiro de Ação Popular, é fruto de cuidadosa pesquisa e de redação original e sensível, a cargo da Professora Vilma Franscisco e tem a preocupação de situar os direitos fundamentais e os direitos humanos ao alcance dos quilombolas, por meio de uma linguagem que facilita o seu entendimento e as suas condições de exercício.
* Trecho da Apresentação da publicação.
Democracia Viva (publicação periódica do Ibase – Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas)
Sobre o Rio de Janeiro sediar os Jogos Pan-americanos, a grande preocupação é saber como ficará a cidade após a realização do megaevento. A nova edição da revista Democracia Viva traz um caderno especial sobre o tema. Precisamos refletir: a quem interessa as intervenções urbanísticas que estão sendo realizadas? Qual o compromisso dos organizadores com as questões socioambientais?
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