ARTIGOS
Água – Petróleo do século XXI
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José Chacon de Assis
“Talvez sejamos dos que desperdiçam por vivermos enraizados na ‘cultura da abundância’; talvez nossas ligações estejam mais afeitas aos medos da escassez da água que também nos ameaça. Precisamos saber que há inúmeros profetas como este Autor (falam em nome da sua consciência) ‘gritando’ e avisando que os recursos hídricos são finitos. Mas o banho de um casal cabo-verdiano num rio nosso vale por mil dados estatísticos”.
Amazônia, grilagem e violência
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Lúcio Flávio Pinto
“Em 1960, apenas 6,4% da área da Amazônia Clássica (que exclui parcelas de Goiás, Maranhão e Mato Grosso, integrantes da Amazônia Legal para efeito de incentivos fiscais) estava ocupada por imóveis rurais. Duas décadas depois, já sob os efeitos de todos os benefícios concedidos pelo governo a particulares para induzir a ocupação da região, as áreas constituídas em imóveis ainda representavam 11,4% da extensão territorial amazônica e, por sua vez, eram 11,3% do total de imóveis em todo o país (evolução não tão expressiva quanto poderia parecer, já que o Norte tem 40% do território nacional e, em 1960, contribuía com 9,3% das áreas com imóveis do Brasil)”.
Comunidades remanescentes de quilombos
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José Maurício Arruti
“Os espaços de resistências, os quilombos. Quantos são? Onde estão situados? O Autor faz quase uma garimpagem: palavras jornalísticas, considerações científicas, e conclui com um desafio ao que resta fazer e escapa a uma simples coleta de ‘dados pré-existentes, como frutas maduras’. Mesmo assim é uma linda história”.
Ecologia e Saúde
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Sebastião Pinheiro
“Quando pensamos em saúde, imediatamente, somos obrigados a pensar em um corpo. Observe-se que, também, figurativamente, usamos o termo “saúde política” ou “saúde e econômica” em referência a saúde do governo (organismo). Consideramos o termo saúde subjetivo, substituí-lo por um outro que lhe desse abrangência objetiva, a fim de comparação, talvez o termo “equilíbrio” fosse mais fortuito. Equilíbrio de uma glândula, das glândulas, do órgão, do organismo e os organismos que compõem o corpo nos dá a sensação objetiva da saúde, ao contrário, e, ao mesmo tempo, fica evidente que desequilíbrio gera doenças ou vetores de doenças”.
Ecologia na perspectiva dos trabalhadores
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Maurício Waldman
“A crise ambiental atinge um nível sem precedentes na história da humanidade. Mas não basta apontar responsáveis indiferenciados. A politização da luta ecológica é uma necessidade para solucionar o problema fundamental: a apropriação privada da natureza”.
Pacha Mama ou Pátria Grande
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Ivone Gebara
“A ‘Terra Mãe’ existia; foi conquistada; foi possuída por supostos reis, senhores e deuses; mas vieram outros deuses, senhores e reis mais poderosos tornaram-se ‘maus padrastos’ e tentaram (ainda tentam) estuprar todos os sonhos restantes; tentam misturar, quais sinônimos, Pacha Mama, Pátria Grande, Mundo Grande nas mentes dos que queriam vida e dignidade para todos. Aí os de Seattle, de Praga e de Quebec, de Porto Alegre e de Gênova, vieram dizer nas ruas ‘os sonhos de amor e justiça nuca morrem’”.
Povos indígenas no nordeste: fronteiras étnicas e identidades emergentes
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João Pacheco de Oliveira
“No nordeste grupos indígenas marcam presença na cena política, reivindicando áreas em processo de criação coletiva de identidades. Contrariando o senso comum, a presença indígena no nordeste é bastante significativa. Assume até mesmo uma grande importância demográfica, ambiental e política e, sobretudo, de extrema relevância para se representar a relação entre o Estado e os povos indígenas do Brasil”.
Um movimento social emergente
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Frederico Fülgraf
“No contexto latino-americano, o Brasil desponta como o país onde o protesto contra a depredação e onde as práticas ecoambientalistas que se opõem ao ecocídio, encontram-se em estágio mais desenvolvido, como reconhecem os observadores dos países que nos circundam”.
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