Este 2010, que fecha a primeira década do século XXI, será marcado pelo centenário da Conferência Missionária Mundial, realizada em Edimburgo (Escócia). Este evento é paradigmático para a reflexão em torno da missão cristã e seus desafios contemporâneos, e também, e com maior destaque, para os esforços em torno da busca pela unidade visível do corpo de Cristo, tendo sido Edimburgo 1910 a primeira grande reunião formal de cristãos de diferentes continentes, em torno de uma causa comum.
O século XIX foi o período em que o movimento missionário protestante deflagrado no século XVIII, em direção aos continentes não-cristianizados, se consolida e se amplia. Missionários, muitos formados em escolas de teologia que se abriram para o liberalismo teológico, experimentam o cotidiano de uma nova realidade sociopolítica, econômica e cultural, e refletem sobre ele, e constroem uma consciência do que denominaram “o escândalo da divisão dos cristãos”.
Essa consciência se explica pelo fato de o movimento missionário protestante ter tornado possível não só a presença e a expansão dos protestantes por todo o planeta como também que a divisão entre os cristãos se tornasse mais visível.
O despertar para a consciência do escândalo da divisão e a necessidade de cooperação e unidade no trabalho evangelístico representou a gênese do que hoje conhecemos como movimento ecumênico. Nomes como Robert Wilder, John Mott, Robert Speer, J. H. Oldman, Martin Kähler, Hugh Clarence Tucker fazem parte da lista de pessoas que, engajadas no trabalho missionário, se defrontaram com a necessidade de superar o divisionismo entre os cristãos em nome de um testemunho mais coerente da proposta do Evangelho diante do mundo. Nesse espírito, reconheceram que a unidade era uma questão de fé e passaram a afirmar que a desunião representava mais uma manifestação de descrença. Buscava-se, nestes primórdios, práticas que tornassem possível a dimensão da unidade visível do corpo de Cristo, com base na oração de Jesus expressa no Evangelho de João capítulo 17, versículo 21: “... que eles sejam um para que o mundo creia”.
O espírito de Edimburgo
A Conferência Missionária Internacional de Edimburgo abriu caminho para a realização de outras que construíram uma teologia da missão e caminhos de unidade no trabalho missionário. Convocada pelas sociedades missionárias européias e norte-americanas refletia a hegemonia destes dois continentes no campo da missão. Foram 1400 delegados de grande parte dos países da Europa e da América do Norte; apenas 17 eram do hemisfério sul. Nela se revelou a busca de caminhos de cooperação entre as sociedades missionárias e de minimização do escândalo da divisão. A conferência contribuiu também na ultrapassagem dos interesses institucionais limitados e imediatos e tornou-se marco no processo de afirmação da missão como desejo redentor de Deus e natureza do ser Igreja. O tema geral foi: “A evangelização do mundo nesta geração” e a partir dele foram debatidos os seguintes subtemas: Levando o trabalho a todo o mundo não-cristão; A Igreja no campo missionário; Educação relacionada com a cristianização da vida nacional; A preparação de missionários; A rede das missões; Missões e governos; Cooperação e promoção da unidade; A mensagem missionária em relação com as religiões não-cristãs.
A partir desta temática, pode-se perceber como Edimburgo foi, de fato, uma reunião com intenções pragmáticas: unidade em busca de resultados. Denotou um espírito otimista dos missionários com a propagação do Evangelho pelo mundo: a missão ocidental é avaliada com sucesso e como um poder incontestado da Igreja.
Duas das consequências fortes de Edimburgo foram criação da International Review of Mission [Revista Internacional de Missão], em 1912, e a inauguração do processo de criação do Conselho Missionário Internacional (EUA, 1921). É desta forma que Edimburgo 1910, a propósito da causa missionária, e dos acordos em torno da cooperação para se espalhar o Evangelho pela face da terra sem escandalizar os “missionados” com as divisões entre os cristãos, em especial os protestantes, passa a ser compreendida como a gênese do movimento ecumênico contemporâneo
A decisão pela não-participação de missionários atuantes na América Latina (entendido como continente já cristianizado) tem como conseqüência a articulação missionária latino-americana: o Congresso Missionário do Panamá (1916), marco do movimento ecumênico no continente.
Caminho antes traçado
É preciso, porém, reconhecer que, antes de Edimburgo, muitas experiências recentes de cooperação e unidade cristãs já vinham sendo vivenciadas, a propósito mesmo de demandas dos campos missionários, mas também do interior das próprias agremiações eclesiásticas. Entre as tantas podemos destacar, todas com origem no século XIX : (1) o surgimento das Sociedades Bíblicas, a partir de Londres; esforço cristão coletivo com vistas à produção de Bíblias em várias línguas para alimentar a ação missionária; (2) a criação da Aliança Evangélica Mundial na Europa, esforço por cooperação missionária, que se espalha pelos outros continentes; (3) o surgimento das conferências/convenções/comunhões/federações de famílias confessionais, a começar da Comunhão Anglicana, passando pelo Concílio Mundial Metodista, a Convenção Batista Mundial, a Federação Luterana Mundial, a Aliança Mundial Reformada; (4) as articulações de juventude para ações comuns, como a Associação Cristã de Moços (depois a de Moças) e a Federação Mundial dos Movimentos Estudantis Cristãos (FUMEC); (5) os movimentos em prol da unidade em torno da educação cristã que fez surgir a União das Escolas Dominicais, e, mais tarde, o Conselho Mundial de Educação Cristã.
Muitas pessoas e grupos engajados nestes e em outros movimentos que reuniam cristãos, principalmente protestantes, em torno de causas comuns, atuaram na preparação e participaram da Conferência de Edimburgo, o que torna possível dizer que aquela experiência foi o clímax de uma história já desenhada desde o século XIX e a origem de outros movimentos decorrentes daquela inspiração ecumênica.
Processo em movimento
Além do movimento missionário, dois outros serão responsáveis pela concretização dos esforços por unidade do início do século XX, e contribuíram para a consolidação do movimento ecumênico tal como o conhecemos hoje.
Recordemos, pois, os movimentos Aliança Mundial para a Promoção da Amizade Internacional através das Igrejas e Vida e Ação, ambos gerados pelos movimentos internacionais cristãos pela paz, que intensificaram suas ações durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). É fato que a tradição ocidental predominantemente individualista, da pregação da separação igreja e mundo e da não preocupação com as “questões terrenas”, havia fortalecido a tendência de pensar a missão da igreja como a pregação espiritualizada da mensagem cristã, com fins de conversão e adesão de novos fiéis. Isto se refletiu nas atividades das igrejas, cuja maioria estava voltada para a sua vida interna.
No entanto, expressões teológicas como a do Evangelho Social nos EUA na passagem do século XIX para o século XX, influenciaram na transformação desse quadro. Filho do liberalismo teológico, o Evangelho Social nasceu como uma resposta à crise urbana resultante das transformações econômicas nos EUA após a Guerra de Secessão. Teólogos como Walter Rauschenbusch, entre outros, buscavam elaborar uma reflexão teológica que respondesse à situação dos pobres e dos trabalhadores explorados nas grandes cidades estadunidenses. Surgem por intermédio dessa reflexão conceitos como “a implantação do reino de Deus na terra” , “a sociedade redimida” e “transformação da sociedade por meio da ação cristã”, conceitos baseados numa releitura dos evangelhos e do ministério de Jesus Cristo.
As ações desses movimentos levaram, ao final da Primeira Guerra, à realização da Conferência Cristã Internacional sobre Vida e Trabalho (Estocolmo, 1925, 600 delegados/as, de 37 países), e motivaram as igrejas a atentarem para a necessidade de se buscar um cristianismo prático como testemunho de unidade para o mundo. Desenvolveu-se então o conceito que marcaria a trajetória do movimento ecumênico que é o da responsabilidade social cristã, ou, a responsabilidade cristã em realizar a vontade de Deus na sociedade. Em Estocolmo havia uma ênfase na responsabilidade individual, de cada cristão ou cristã. Já na segunda conferência (Oxford, 1937), o surgimento dos regimes totalitários, que buscaram influenciar a vida das igrejas e mais tarde levaram à explosão da Segunda Guerra Mundial, levou a um avanço nessa compreensão: a responsabilidade é coletiva, das igrejas que se reúnem em nome do Cristo. “[Que a igreja] seja unida Nele em uma fraternidade de amor e serviço”.
Com isso, se num momento havia uma forte convicção de que “a doutrina divide mas o serviço une” – o que, na verdade, expunha a doutrina cristã como algo dissociado do serviço cristão –, num segundo momento, reconhecia-se que “decisões sobre que tipo de ação social pode ser assumido conjuntamente têm um muito a ver com questões teológicas como o que significa “o Reino de Deus”.
Outro movimento que vai trabalhar a dimensão do diálogo e da cooperação em outra direção, é o Movimento Fé e Ordem, que tem origens em 1910, a partir das articulações em Edimburgo, cujo momento marcante foi a realização da Conferência Mundial sobre Fé e Ordem, em 1927, na cidade suíça de Lausanne. Os princípios deste movimento baseavam-se no diálogo teológico com a finalidade de identificar acordos e desacordos em questões doutrinárias entre as diferentes famílias confessionais. Dali nasceu a Comissão Fé e Ordem, organizadora de novas conferências, promotora de diálogos bi e multilaterais (estes já em curso desde 1717). Uma forte consequência deste processo foram as influências teológicas mútuas tanto das famílias confessionais nas bases teológicas do movimento ecumênico quanto na formação de tendências na reflexão teológica no interior das famílias confessionais.
Desde 1910, o movimento, depois, Comissão Fé e Ordem, dedica-se ao tratamento de temas controversos entre os cristãos: a compreensão e a prática do batismo, da eucaristia e do ministério ordenado; a igreja e os conceitos de sua unidade; a intercomunhão; Escritura e tradição; o papel e a importância dos credos e confissões; a ordenação de mulheres; influência dos chamados fatores não-teológicos sobre os esforços para a unidade das igrejas.
Desde 1910, Fé e Ordem também trabalha temas de interesse comum ou fundamentais para a comunhão, tais como: Culto e espiritualidade; Esperança cristã para hoje; Interrelação entre os diálogos bi e multilaterais; além de oferecer assessoria às igrejas unidas ou em união.
O documento mais importante, resultante desses esforços, é Batismo, Eucaristia e Ministério, finalizado e aprovado em Lima (Peru), em 1982. Destaca-se ainda uma a produção nos estudos da eclesiologia: A natureza e a missão da Igreja – uma etapa no caminho para uma declaração comum.
Um processo que gera frutos e tensões
Este histórico revela muitos frutos, acompanhados, no entanto, de tensões. Um dos frutos mais destacados é o Conselho Mundial de Igrejas, resultante da articulação da Comissão de Fé e Ordem com o Movimento Vida e Ação, que avaliando positivamente a experiência ecumênica que vivenciavam, envolvendo as igrejas, formam um comitê, em 1937, com sete membros de cada segmento, para trabalhar pela criação de um Conselho Ecumênico de Igrejas. A fundação estava prevista para 1941, mas por conta da Segunda Guerra Mundial, que explode em 1939, foi necessário esperar até 1948 quando é realizada uma assembléia em Amsterdã (Holanda), com 351 representantes de 147 igrejas (protestantes e ortodoxas) de 44 países (a maioria da Europa e da América do Norte). Em 23 de agosto é aprovada a criação do Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Em 1961, Conselho Missionário Internacional que até então participava em apoio mantendo sua autonomia, decide pela adesão ao CMI e torna-se a Comissão de Missão e Evangelização do organismo.
A identidade do CMI está expressa na base constitucional aprovada em Amsterdã: “O Conselho Mundial de Igrejas é uma comunidade de igrejas que confessam a Jesus Cristo como Deus e Salvador, segundo o testemunho das Escrituras, e procuram responder juntas à sua vocação comum, para a glória do Deus único, Pai, filho e Espírito Santo”.
Este processo não se deu sem tensões. Houve muita desconfiança e reações de desaprovação da parte de lideranças eclesiásticas à criação do CMI. Suspeitas de o CMI ser uma articulação da Igreja Católica Romana para levar os protestantes de volta ao seu seio, uniam-se à acusação de que o organismo representaria, na verdade, a formação de uma superigreja com a unificação das concepções de fé de quem aderisse, bem como de práticas e costumes. Essas reações se somavam ao desconforto com a presença de Igrejas do Leste Europeu na membresia do Conselho e o risco de dominação comunista e de o CMI representar um veículo de disseminação do liberalismo entre as igrejas. Foi assim que surgiu o Conselho Internacional de Igrejas, criado nos EUA, no mesmo ano de 1948, por Carl McIntire, um dos líderes do movimento fundamentalista, para fazer oposição aberta ao movimento ecumênico e ao CMI.
O CMI completou 60 anos de existência em 2008 em meio a celebrações e discussões tensas quanto ao seu lugar num mundo de marcante pluralidade de experiências eclesiais que não está numericamente representada no organismo, em especial no que diz respeito aos grupos pentecostais. O próprio movimento ecumênico revela-se bastante plural, com uma diversidade extensa de grupos e organizações que expressam formas as mais distintas de cooperação e atuação conjunta, muitos deles não formalmente atrelados ao CMI, como ocorreu com movimentos do passado. 1
Entretanto, os frutos não podem deixar de ser nominados. A Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, desde l908, revela-se uma prática exemplar de segmento do desejo de Jesus revelado em João 17.21. Ações diaconais, herança de Vida e Ação, continuam a revelar que a unidade pode acontecer na prática concreta de promoção da vida, por meio do CMI e de muitas outras organizações e grupos. Diálogos bi e multilaterais continuam a acontecer entre as famílias confessionais com a produção de estudos e pronunciamentos comuns.
Ainda buscando superar desconfianças e barreiras daqueles que colocam o CMI e o movimento ecumênico como sinônimos, e tornar possível o encontro e a cooperação entre os diferentes atores do movimento ecumênico e as diferentes expressões eclesiais, surge nos anos 2000 o Fórum Ecumênico Global, com apoio do próprio CMI, como um “espaço aberto onde representantes de uma ampla gama de igrejas cristãs e de organizações intereclesiásticas, aos quais confessam o Deus Trino e a perfeição de Jesus Cristo em sua divindade humana, possam reunir-se para fomentar o respeito mútuo, para explorar e tratar juntos os desafios comuns”. 2
E a Igreja Católica Romana?
Quando recordarmos a história destes 100 anos desde Edimburgo, é preciso registrar que boa parte dela não conta com a participação dos católicos-romanos. O movimento ecumênico é idealizado e consolidado pelos grupos protestantes, com adesão dos cristãos ortodoxos, no período inicial. A Igreja Católica Romana se mantém distante destas iniciativas por décadas, quadro que é alterado somente nos anos 60, com o Concilio Vaticano II que gera a criação do Secretariado para a Promoção da Unidade dos Cristãos (1960), seguido da publicação do Decreto sobre Ecumenismo Unitatis Reintegratio (1965). Em 1989, o Secretariado é elevado à Categoria de Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Estas ações representam uma “virada de página” na atitude dos católicos-romanos em relação à unidade visível do corpo de Cristo, a começar pela consideração da pluralidade deste corpo e pelo incentivo ao encontro e à ação conjunta. A partir daí a Igreja Católica passou a ser membro de vários conselhos e de igrejas e organizações ecumênicas em países e continentes. Não se tornou membro do CMI mas participa como observadora em Assembléias e reuniões importantes, tendo representação plena na Comissão de Fé e Ordem.
Esta relação de pouco mais de quatro décadas também não acontece sem tensões. Segmentos mais tradicionalistas do catolicismo advogam fidelidade ao princípio de “única igreja”, à classificação das demais experiências eclesiais como “seitas, e à compreensão de que a unidade passa pelo Papa. E documentos recentemente publicados como a Declaração Dominus Iesus, acaba por alimentar estas tensões. Segmentos católicos mais abertos ao ecumenismo, ainda aprendendo desta história, e buscando criar identidade própria nela, acabam também alimentando tensões quando defendem compreensões de ecumenismo que terminam por minimizar a base da unidade cristã, classificando-a como “microecumenismo”, desde que é cunhado o termo “macroecumenismo” entre esses segmentos para expressar uma dimensão considerada mais ampla que inclui o diálogo interreligioso. Termo que dificilmente entra no vocabulário dos grupos protestantes e ortodoxos herdeiros de Edimburgo e seus desdobramentos que enxergam o princípio ecumênico construído pela história como um princípio que traz no seu sentido três dimensões: a unidade cristã, a promoção da vida e o diálogo interreligioso como testemunho da fidelidade a Cristo.
Daqui para a frente...
Os 100 anos celebrados em 2010 são excelente oportunidade para aprender, de novo, do fato de que a missão foi uma causa comum que gerou iniciativas pró-unidade cristã, especialmente num tempo em que a concorrência entre grupos cristãos e os conflitos no campo religioso estão acirrados. Tempo de rever caminhos: um kairós. São também momento de afirmar a causa da unidade visível e que, apesar de tantas tensões, o movimento ecumênico é fato que não se restringe ao desejo de participação deste ou daquele grupo, mas se abre cada vez mais às diferentes expressões que brotam da sensibilidade de cristãos àquele desejo um dia expresso em oração e que continua ecoando: “que eles sejam um...”
* Jornalista, doutora em Ciências da Comunicação, mestre em Memória Social e Documento, professora da Universidade Metodista de São Paulo na Faculdade de Teologia e no Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social. Membro do Comitê Central do Conselho Mundial de Igrejas representando a Igreja Metodista e as igrejas-membro da América Latina.
Referências
CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS: http://www.wcc-coe.org.
ELDEM, Marlin van. Introducing the World Council of Churches. Genebra: WCC Publications, 1992. Risk Book Series. p. 20.
MEYER, Harding. Diversidade reconciliada - o projeto ecumênico. São Leopoldo: Sinodal/EST, 2003
SINNER, Rudolf Von. Confiança e convivência. Reflexões éticas e ecumênicas. São Leopoldo: Sinodal, 2007
TEIXEIRA, Faustino, DIAS, Zwinglio Mota. Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso - a arte do possível. Aparecida: Santuário, 2008.
VVAA. Dicionário do movimento ecumênico. Petrópolis: Vozes, 2005
1 -
Sobre os 60 anos do CMI, suas tensões e perspectivas para o futuro, ver os artigos de
Tempo e Presença Digital, ano 3, n. 12, set 2008,. Disponível em http://www.koinonia.org.br/tpdigital/default.asp?cod_boletim=13
2 - Cf. http://www.globalchristianforum.org.