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Em 1988, o Artigo 68 da Constituição Federal reconheceu o direito das comunidades remanescentes de quilombos à propriedade de suas terras. O decreto 4.887, de 2003, a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), incorporada à legislação nacional em 2004, e a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, instituída em 2007, também foram criados para proteger, promover e garantir os direitos humanos econômicos, sociais, culturais e ambientais dessas populações.
Desde 2007, porém, a temática quilombola tem sido foco de muitas reportagens jornalísticas que trazem erros ou opiniões contrárias aos direitos dessas comunidades. Esse contexto adverso foi um dos estímulos que levou KOINONIA, entidade que atua junto a comunidades há mais de dez anos, a produzir vídeos nos quais os próprios quilombolas falassem, sem porta-vozes, de sua história, presente e futuro. |
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Os vídeos
Apresentamos aqui no site de KOINONIA os frutos desse trabalho: cinco spots (vídeos com cerca de um minuto) em que mais de 20 pessoas – entre mulheres e homens, jovens e idosos – foram entrevistadas sobre diversas temáticas, como identidade quilombola, a importância do território, religiosidade, engajamento das novas gerações e a luta contra o racismo e pela preservação da memória. |
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A produção
O processo de produção de vídeos foi iniciado durante o “Encontro de KOINONIA e comunidades quilombolas e negras rurais do estado do RJ atendidas pelo Programa Egbé Territórios Negros”, realizado em outubro de 2007, e na “Jornada Ecumênica da Juventude do Rio”, realizada em dezembro de 2007. |
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As imagens e depoimentos também foram colhidos em fevereiro de 2008, em uma viagem pela região Sul Fluminense. Em Alto da Serra (Rio Claro), as equipes de KOINONIA e da produtora Sumaúma acompanharam o dia-a-dia da comunidade. Em Campinho da Independência (Paraty), conheceram o Restaurante Comunitário, recém-inaugurado, e participaram do Samba de Roda, manifestação cultural que faz parte de um resgate histórico realizado pelos quilombolas. |
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No Quilombo Santa Rita do Bracuí (Angra dos Reis), foi documentada a festa da posse da nova diretoria da Associação da comunidade, que promete concentrar esforços para garantir a titulação do território. Na Ilha da Marambaia, as gravações foram interrompidas em função de uma ordem do Comando Geral da Marinha que determinou que as equipes tinham que se retirar da ilha. Os quilombolas da Marambaia foram os únicos impedidos de participar das gravações em seu próprio território.
Para saber mais sobre as comunidades quilombolas visite o Observatório Quilombola [OQ]. |
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