Ilê Axé Torrun Gunan abre suas portas para oficina de cerâmica31/08/2014 |
Localizado no Subúrbio Ferroviário de Salvador, na área conhecida como Quilombo da Lagoa, o Ilê Axé Torrun Gunan é uma das casas que participam do projeto. Lá a escolha foi pela oficina de cerâmica, onde a comunidade constrói objetos usados principalmente em ritos de sua tradição religiosa. Neci Neves da Silva, 32, Ekedy (cargo das zeladoras dos orixás) da casa, é a articuladora local do projeto. Além de fazer parte da construção do processo pedagógico, ela contribui ainda com a formação em direitos, tratando de temas como intolerância religiosa, racismo ambiental e direito à cidade com o público do curso de cerâmica. “Temos trabalhado muito nossa relação com a natureza, explicando que a preservação do entorno é algo que pode influenciar diretamente no dia a dia das pessoas. Estimulamos para que o meio ambiente seja encarado como fator de subsistência, porque dali pode-se retirar materiais que servem de base para a produção dos objetos que fazemos nas oficinas. Já a discussão de direitos sempre parte das necessidades que enfrentamos no cotidiano. Por exemplo, se alguém teve de retirar o filho da escola por conta da distância, ampliamos o debate tocando em questões mais gerais da educação e do racismo ambiental”, explica Neci. Até o ano de 2016, KOINONIA, em parceria com terreiros de candomblé da Região Metropolitana de Salvador, desenvolve o projeto Axé com Arte. Apoiada pela Petrobras, a iniciativa tem como objetivo ampliar o acesso de integrantes de casas religiosas de matriz africana da cidade - em especial jovens -, a oportunidades de trabalho, melhoria de renda e a formas de defesa e expansão de seus direitos. |
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