Berimbau: um instrumento ancestral30/01/2015 |
Conhecida como o primeiro terreiro de candomblé de Salvador, a Casa Branca do Engenho Velho é sinônimo da resistência histórica das tradições religiosas de matriz africana no Brasil. Desde 2007, funciona no terreiro o Espaço Cultural Vovó Conceição, dedicado à cultura negra, às artes e difusão das tradições, por meio da promoção de atividades educativas voltadas também às comunidades de seu entorno.
Em parceria com KOINONIA - responsável pelo projeto Axé com Arte -, o Vovó Conceição oferece a oficina “Berimbau: um instrumento ancestral”, que além de ensinar a prática musical, cria oportunidades para que os participantes troquem ideias sobre a história do instrumento e desenvolvam intervenções artísticas que conjuguem estes dois elementos: o papel histórico do berimbau na cultura negra e, claro, sua sonoridade. Olga Nathália Vidal, 24, é uma das freqüentadoras da oficina. Para ela, o contato com a história das manifestações culturais que giram em torno do berimbau tem influído na valorização de suas raízes. “As oficinas não deixam de afetar nossa auto-estima porque além de tocar, aprendemos sobre o patrimônio imaterial de matriz africana. O Berimbau é mesmo um instrumento ancestral”, brinca. O primeiro grupo da Casa Branca concluiu o curso no fim de 2014. As oficinas fazem parte de uma das linhas de ação do projeto Axé com Arte, que tem como objetivo principal ampliar o acesso de integrantes de terreiros de candomblé de Salvador a oportunidades de trabalho, melhoria de renda e a formas de defesa e expansão de seus direitos.
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